Povoamento e demografia
A superfície habitada é pouco significativa no contexto do território da freguesia, com o povoamento a expressar-se de forma linear e contínua ao longo da estrada paralela à costa que circunda a ilha. A única penetração do povoamento para interior da ilha, e ainda assim sem expressão, ocorre ao longo da Canada do Esteves, nas imediações da igreja paroquial.

A freguesia é constituída pelos seguintes lugares: Teatro do Meio; Portal da Terça; Canada dos Dois Moios; Grota dos Folhadais; Presa do António Borges; Atalosa; Presa do Sabino; Rua Funda; Á Igreja; Canada do Esteves; Terreiro; Canada da Bernarda; Grota do Francisco Vieira; Presa Grande; Ribeira do Borges; Lameiro do Carepa; e Cabo do Raminho.

Desde finais do século XIX até à década de 1960 a população manteve-se relativamente constante, com valores a oscilar entre 1 200 e 1 300 habitantes. A partir dessa data sofre um decréscimo notório, comprovado nos resultados do censo de 2001,[1] registando então apenas 550 residentes.

A partir de 1864, ano em que se realizou o primeiro recenseamento pelos modernos critérios demográficos, a evolução da população da freguesia foi a seguinte:

Evolução da população do Raminho
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
—- a) —- a) 1 263 1 300 1 295 1 235 1 230 1 245 1 143 1 189 845 663 601 550 565
a) A freguesia era então território da freguesia dos Altares.

Fonte: DREPA (Aspectos demográficos – Açores 1978) e Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA).

Como é comum no mundo rural açoriano, a evolução da freguesia do Raminho foi desde cedo controlada pela emigração, primeiro para o Brasil, depois para os Estados Unidos e finalmente para o Canadá. Ao longo do século XX, a população da freguesia manteve uma relativa estabilidade até meados da década de 1960; depois, graças à facilitação da emigração açoriana para os Estados Unidos em consequência do Kennedy-Pastore Act,[2] a população entrou em rápido declínio, ainda não tendo estabilizado, apesar da emigração ter virtualmente cessado há mais de uma década.